Uma mãe de dois filhos desenvolveu, com o apoio da Universidade do Minho, um sistema de lençóis que “reduz o risco de asfixia em recém-nascidos durante o sono”, revelou esta quarta-feira em comunicado a universidade minhota.

Mónica Ferreira “amadureceu” o conceito no Laboratório de Ideias de Negócio e no Laboratório de Empresas, ambos promovidos pela TecMinho, interface universidade-empresa da Universidade do Minho. E, assim, criou o Safety Baby Bed para impedir os bebés de deslizarem na cama ou puxarem os lençóis para cima da cabeça, explica o comunicado, referindo ainda que “20% das crianças vítimas de morte súbita são encontradas com a cabeça coberta por roupa de cama”. Além da TecMinho, o projecto tem ainda o apoio do Serviço de Pediatria e Neonatologia do Hospital de Guimarães e do Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal (CITEVE).

A ideia surgiu depois de a criadora daqueles lençóis ter sido alertada pelos profissionais de saúde sobre o risco de sufocamento de bebés provocado pela roupa de cama e por ter conhecimento de situações de susto ocorridos com pessoas próximas. “Sabe-se que os lactentes, nos primeiros meses de vida, não têm ainda bem desenvolvido a percepção da obstrução e os reflexos de defesa. O objectivo é que esta solução proporcione aos bebés e aos pais um sono mais tranquilo, diminuindo drasticamente o risco de abafamento”, diz, segundo o comunicado, Mónica Ferreira.

Para a Universidade do Minho, o projecto destaca-se pelo design único que impede o bebé de deslizar para baixo dos lençóis, graças a um sistema de retenção e segurança que é ajustável consoante o crescimento da criança e amovível a qualquer momento. O modelo de lençóis integra ainda um fecho adaptado “para a criança não se destapar durante a noite, mantendo a temperatura ideal”.

O Safety Baby Bed está agora em fase final de patenteamento, tendo já obtido, em Dezembro, o 1.º prémio na segunda edição do programa Novas Empresas Tecnológicas Têxteis, financiado pelo Programa Operacional Regional do Norte (Norte 2020).